segunda-feira, setembro 10, 2007



Há algum tempo não sinto perfume algum
Perfume de rosas, faz muito mais tempo
Eu costumava adorar rosas
Eu as comparava ao amor
As raízes fortes, suas cores diversas
Pura poesia apaixonada, tinha até espinhos,
Como o amor
Suas pétalas macias, são o toque de suavidade que o amor dá a nossas vidas

Uma vez ouvi que deveríamos fazer quatro perguntas essenciais a nossa existência
Somente estas perguntas importam
De que é feito o espírito?
O que é sagrado?
Porque vale a pena viver?
Porque vale a pena morrer?
Para elas, apenas uma resposta: O AMOR.

Hoje eu sinto o perfume das rosas,
Estão sobre um caixão
Em um cemitério sujo
Eu ainda choro meus mortos
Porque não consigo crer que a dádiva se foi
O show acabou, mas teria que continuar
Ou melhor fechar o teatro e deixar a poesia romântica para os poetas

As cortinas estão baixas, o corpo mole
Desfaleceu-se nos meus braços
Despedaçou-se sem fugacidade
Em questão de segundos, caiu morto
Sem chance de ressurreição
Ataque fulminante

Me pergunto: até quando chorarei este cadáver?
Até quando colocarei rosas em seu tumulo?
Até quando enfeitarei este mausoléu?
Quando vou esquecer seu endereço dentre as covas?

Preciso parar de lamentar estes mortos
Preciso parar de alimentar estas dores
Preciso voltar a sentir
O perfume doce das rosas... que tenho vaga lembrança
Entretanto a dor, sim, esta jamais esquecerei!