quarta-feira, novembro 07, 2007

MORTE

Minha doce e aguada morte
qual o teu verdadeiro sabor?
por que caminhos me absorve
me encanta
onde te encontro?

suicidio meu desejo
salgada tua coragem
como lagrima recém caída
em desesperado choro do coração

diz-me onde estás
se te encontro te olho na face
nos olhos
beijo teus labios
me coloco a teus pés
me rebaixo a simples solo
te deixo me envolver

me chama para teu lado
me olha de perto
me cuida
me embala

me deixa chorar em teu ombro
no quente lamento da fria atitude
da fria mão que me deu o primeiro tapa
da latente dor da ferida aberta
e da mão que a cutuca fazendo sangrar, vermelho e escorrido

se fico em teus braços, te amo
se me deixas na chuva te suplico
carrega-me, leva-me
quero sentir o frio de vida perdida
o cheiro de mortalha arrastada na lama

sou tua eterna apaixonada
tua devota
sou tua
somente tua
faz o que queres comigo
me devora
me leva
e nao me faz voltar

ass: morta